Digníssima Senhora Sónia Neto, Embaixadora da União Europeia na Guiné-Bissau,
Ilustre Senhor Embaixador de Portugal em Bissau,

Caros presentes,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Honra-me, sobremaneira, usar da palavra neste acto oficial de abertura do Ecoseminário dedicado à temática: Que caminhos para um desenvolvimento equilibrado?

Antes de mais, permitam-me que felicite a Senhora Embaixadora União Europeia e o Senhor Embaixador de Portugal por esta plausível iniciativa em juntar à volta desta temática várias sensibilidades para uma reflexão acerca de tão importante assunto.

Tão importante este assunto é, pois, nos leva a concluir que, afinal, podemos procurar soluções para que a vida no nosso planeta sirva de exemplo de tomada de consciência sobre o nosso papel na mudança de atitudes nocivas e que perigam contra o próprio desenvolvimento do Homem, enquanto ser Humano.

A Guiné-Bis au, meu país quer sempre juntar as suas acções para dar um contributo na senda do desenvolvimento sustentável a bem das gerações presentes e futuras.

Assim, queria aproveitar o ensejo que se me oferece para, de forma efusiva, evidenciar alguns esforços empreendidos pela Guiné-Bissau que tornam possível uma reflexão sobre esta temática à qual o Governo sempre atribui o particular interesse.

Auguro aqui falar da conservação dos ecossistemas naturais e que, em muitos casos, são únicos cs no Mundo, assim como de espécies vulneráveis, ameaçadas e me perigo de extinção.

Para não alongar muito, cito, por exemplo, o Parque Nacional do Grupo das Ilhas de Orango, habitat de uma espécie de hipopótamos que tanto vivem em águas salgadas e como em águas doces.

Ao acima dito, acresce a existência de diferentes espécies de tartarugas marinhas no Parque Nacional Marinho de João Vieira e Poilão, a maior colonia e terceira maior do Atlântico, depois da Costa do Marfim e da Ilha de Ascensão. São colocados aqui todos os anos cerca de 30.000 ninhos de tartaruga verde.

No seu todo, a zona costeira guineense pelo seu valor ecológico, sobretudo, o Arquipélago dos Bijagós enforma a zona mais produtiva em recursos pesqueiros, razão pela qual se revela extremamente importante que unamos esforços nacionais de conservação ambiental para tirarmos os maiores proveitos a bem do desenvolvimento sustentável e, se quisermos equilibrado.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Que caminhos para um desenvolvimento equilibrado?
Muitos factores podem concorrem para este desafio.

Desde já, devemos refletir sobre as acções a empreender para combater o fenómeno das alterações climáticas, cujas consequências são imprevisíveis.

Assim, a adopção de estratégias nacionais, tais como o Plano Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, a Estratégia e Plano Nacional de Adaptação e a consequente implementação de Projectos sobre esta temática se revela fundamental.

A todos os títulos, é jus afirmar que se afigura importante fazer valer o princípio “Pensar globalmente, agir localmente” e aproveitar o impulso internacional para, em obediência à Agenda 2063 da Nações Unidas, à Agenda 2063 da União Africana, ao Acordo de Paris sobre o Novo Regime Climático e ao Quadro Global para a Biodiversidade Pós-2020, empreender acções consistentes com o propósito de manter o aquecimento global, e em consequência, contribuir para a redução e reversão da perda de biodiversidade.

No entanto, não devemos descurar, caros presentes, que ainda estamos perante as reais ameaças da COVID 19 que continua a dizimar vidas humanas, reduzindo, assim, o capital humano que pode dar um valioso contributo ao desenvolvimento e lutar contra a extrema pobreza a que significativa parte da população mundial ainda está votada.
Minhas Senhoras e meus Senhores,

Podem contar com a Guiné-Bissau nesta caminhada a bem das gerações presentes e futuras.
Permita-me, Caros presentes, que com estas palavras declare aberto este Ecoseminário

Nó sta djuntu!!!
Muito obrigado pela vossa prestimosa atenção.