Guiné-Bissau o país dos “mil rios”

Acaba de terminar em Glasgow a Cimeira Mundial do Clima (COP26), tal como Mercados Africanos tem vindo a noticiar e analisar.

Neste contexto Mercados Africanos falou com o Ministro do Ambiente e Biodiversidade da Guiné-Bissau, o engenheiro ambiental e veterano das Cimeiras do Clima, Viriato Cassamá.

Nesta entrevista, o ministro do Ambiente e da Biodiversidade, disse-nos que a Guiné-Bissau é um país em risco devido à subida do nível médio das águas do mar.

Sobre a problemática da desflorestação sublinhou que o governo está a trabalhar na gestão sustentável das florestas.

Quando interrogado sobre as razões que levaram o governo atual a levantar a moratória que proibia o abate das árvores explicou que era necessário que a mesma tivesse medidas de acompanhamento o que não tinha sido o caso na altura e que embora politicamente correta tinha sido mal aplicada.

E insistiu “porque para se decretar a moratória, a primeira coisa que se deveria ter feito, era reforçar o sistema de fiscalização das nossas florestas, e isso não aconteceu”

O ministro do ambiente e biodiversidade  deu detalhes sobre a contribuição nacional determinada e atualizada no âmbito do Acordo de Paris, com três grandes setores como fontes emissoras de gases com efeito de estufa, nomeadamente, agricultura e florestas, energia e resíduos.

Em relação à emissão de gases com efeito estufa, Viriato Cassamá não deixou de mencionar que a Guiné-Bissau apesar de ser um país residual, vai trabalhar com base no princípio da solidariedade internacional.

A grande biodiversidade do país, também foi um tema ao terminar nossa conversa.