Sob o lema ZONAS HÚMIDAS E ÁGUA DOCE, a Humanidade celebra hoje, 2 de Fevereiro, Dia Mundial das Zonas Húmidas.
Regista-se que a Guiné-Bissau conheceu, nos últimos tempos uma forte pressão sobre os seus recursos naturais e essa pressão vem ganhando proporções preocupantes, transformando na ameaça para a existência humana. O perigo de extinção de algumas espécies e consequentemente a perda da diversidade biológica, não só estão ligadas as razões atrás frisadas, mas também às alterações climáticas, traduzidas em:
- a) aumento de temperaturas nas épocas tradicionalmente mais frescas;
- b) diminuição da pluviometria, evidenciada por uma redução considerável de meses das chuva;
- c) aumento do nível médio do mar tendo como consequência a erosão costeira e inundações;
- d) surgimento de ventos fortes e pó atmosférico, possivelmente resultantes do fenómeno saheliano «Harmatan».
Nesta óptica, a adesão e a ratificação das Convenções como a de Ramsar em 1988, a da Diversidade Biológica em 1995, testemunham, de forma inequívoca, o interesse do Governo em implementar no nosso país acções que justifiquem o cumprimento de obrigações decorrentes dos expostos nos textos destes documentos ratificados pela Assembleia Nacional Popular.
A política do actual governo reconhece a importância das zonas húmidas no que à diversidade biológica que diz respeito. A luta para a garantia da conservação do meio ambiente em geral, e das zonas húmidas em particular, seria impossível, caso não existisse esforços coordenados dos sectores público e privado o que conta com apoio dos parceiros de desenvolvimento.
Minhas Senhoras e Meus Senhores;
Este ano o tema da celebração do 2 de Fevereiro, Dia Mundial das Zonas húmidas é: ZONAS HÚMIDAS E ÁGUA DOCE. A preocupação com a integridade e com o equilíbrio ambiental das zonas húmidas decorrem dos factos de elas figurarem entre os sítios mais ameaçados do Planeta, justamente por representar para as sociedades humanas um espaço de alto valor, servindo como local de lazer, de turismo, de agricultura, das pescas ou de moradia de grandes populações urbanas, da maioria das espécies vivas, recursos não biológicos e sendo alvo da exploração desordenada e predatório. Junto com o uso do espaço, a gestão de recursos naturais é um grande desafio da actualidade, havendo necessidade de acções correctivas e preventivas na mediação de “múltiplos conflitos de uso” dos espaços e dos recursos naturais.
Minhas Senhoras e Meus Senhores;
Gostaria de exortar aos parceiros estrangeiros a prestar maior apoio possível às tarefas de materialização da “Convenção RAMSAR” na Guiné-Bissau, com a incrementação de acções desta índole relevando sempre o papel da formação e constante capacitação técnica junto das instituições especializadas e às comunidades locais.
As acções deste tipo ilustrarão as fortes ligações entre os países, mas também a imperativa entrada do nosso país no sistema de globalização, o que significa contribuir para o progresso e bem-estar no Planeta Terra, criando assim condições para implementação de medidas e acordos estabelecidos a nível internacional na área de conservação e utilização durável dos recursos naturais.
Eu gostaria, em nome do governo da Guiné-Bissau expressar, a nossa gratidão a todas entidades que contribuíram para o sucesso conseguido em prol da conservação das zonas húmidas na Guiné-Bissau
Contudo, da nossa parte, deixamos a promessa de que não pouparemos esforços conducentes a regularização do pagamento das contribuições financeiras ligadas a essas Convenções, que nos permitirá cada vez beneficiar dos fundos disponibilizados para execução das actividades nas zonas húmidas.
Urge que haja, mais empenho, mais trabalho para a defesa e conservação de uma fonte de vida: As zonas húmidas do Planeta.
Da minha parte, como chefe de fila do Ministério do Ambiente e Biodiversidade, irei garantir todo o apoio necessário para a peranização e implementação na prática de todas as directrizes e recomendações que poderão contribuir para uma melhoria de gestão das zonas húmidas no nosso país.
Obrigado.