Terminou este sábado, 13 novembro 2021, a 26ª Conferência das Nações Uidas sobre Mudança Climática, COP26, com a participação de cerca de 200 países e um acordo final mitigado, intitulado “Pacto Climático de Glasgow”.
A ativista sueca Greta Thunberg lamentou as conclusões alcançadas na cimeira da Nações Unidas sobre o clima (COP26), em Glasgow, na Escócia, resumindo-as a “blá, blá, blá”.
Por seu lado o secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou que é o momento de entrarmos em “ritmo de emergência”, e acrescentou que os resultados “não foram suficientes”.n
A ele juntaram-se muito países que consideraram estar desapontados com o teor do texto final, incluindo as Maldivas e a Nova Zelândia que afirmaram que o resultado foi o “menos pior”.
Os objetivos esperados não foram alcançados.
Entre eles: acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis, eliminar gradualmente o carvão, colocar um preço no carbono, financiar a construção de resiliência de comunidades vulneráveis contra os impactos das mudanças climáticas e passar aos atos no compromisso de 100 mil milhões de dólares de financiamento climático para os países em desenvolvimento, entre eles os do continente africano.
Mas apesar de tudo houve alguns consensos, mesmo compromissos tais como acabar com a desflorestação, afim de reduzir drasticamente as emissões de metano e o acordo sobre a não utilização do carvão, embora os grandes produtores tenham ficado de fora.
Ao que se acrescenta o acordo para deixar de fabricar carros movidos a combustíveis fosseis até 2035, embora uma vez mais vários dos maiores construtores mundiais também tenham dito não e finalmente a declaração final reafirma a determinação de se caminhar para os 1,5 graus Celsius.
Também de realçar que 500 empresas de serviços financeiros globais concordaram em orientar130 triliões de dólares – cerca de 40% dos ativos financeiros mundiais – para alcançar as metas estabelecidas no Acordo de Paris, incluindo limitar o aquecimento global a 1.5 graus Celsius.
Inesperado foi igualmente a decisão de países como a França, Irlanda, Dinamarca de avançarem com uma ação que pretende definir uma data final para a exploração e extração nacional de petróleo e gás.
No entanto uma questão crucial, sobretudo para África, o aumento do financiamento à adaptação ao clima, foi pela primeira vez considerada prioritária e as instituições financeiras internacionais foram instadas a considerar as vulnerabilidades climáticas em formas de financiamento concecional e outras formas de apoio, incluindo direitos de saque especiais.
O acordo pede que os governos antecipem os prazos de seus planos de redução de emissões e convida os 197 países participantes a reportar o progresso sobre as ações climáticas no evento do próximo ano, na COP27, que vai acontecer no Egito.