Decorre em Glasgow a Cimeira Mundial do Clima (COP26), tal como Mercados Africanos tem vindo a noticiar e a analisar.

O ambiente não tem fronteiras e África o continente que menos polui (5%) é o que mais sofre: seca, erosão, inundação e cheias e sobretudo os jovens subsaarianos que têm saído à procura de melhores condições de vida, o que torna a crise climática também responsável, em parte, pelo fenómeno da emigração forçada.

Neste contexto Mercados africanos falou com o Ministro do Ambiente e Biodiversidade da Guiné-Bissau, o engenheiro ambiental e veterano das Cimeiras do Clima, Viriato Cassamá.

Nesta primeira parte o ambientalista partilhou as expectativas e as posições que o continente tem vindo a defender nesta COP26 (Conferência das Partes) e afirmou que África tem falado de uma só voz e colocado a problemática do financiamento no topo da mesa das negociações.

Cassamá, também sublinhou que as três palavras-chaves utilizadas pela liderança africana em Glasgow têm sido: ambição, adaptação e financiamento.

Ainda sobre o financiamento o Ministro do Ambiente e da Biodiversidade, também pensa que o montante que tem vindo a ser mencionado pelo negociador africano de 700 mil milhões ano, não será atingido, já que realçou que os 100 mil milhões dólares/acordado nunca foi cumprido, sobretudo agora com a pandemia.

No respeitante ao acordo assinado sobre a reflorestação, o ambientalista, explicou que o objetivo do mesmo é o de aumentar as florestas que têm sofrido uma grande pressão.

O acordo vai permitir um controlo total e desincentivar a desfloração selvagem e permitir a gestão sustentável das florestas.

A Guiné-Bissau faz parte do grupo africano, da Aliança de Pequenos Estados Insulares em desenvolvimento (OASIS), do grupo dos países menos desenvolvidos (LDC) e do grupo G77+.

Neste o quadro o ministro guineense explicou os consensos, mas também as divergências existentes.